BID oferece oportunidade de financiamento
No encontro preparatório da reunião anual do Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID), organizado pela CTA e realizado a 8 de Maio último, António Laice, representante do Ministério da Economia e Finanças, revelou que a religião muçulmana não permite a cobrança de juros, uma vez que é considerada usura, pelo que o BID trabalha com dois tipos de empréstimos: concessional e ordinário.
O empréstimo concessional destina-se ao sector público e cobra uma taxa de serviço de 0,75 por cento, enquanto o empréstimo ordinário é para o sector privado, com uma taxa de serviço de 2 por cento. No entanto, António Laice sublinhou que a concessão de empréstimos pelo BID não está condicionado à pratica da religião islâmica.
O BID opera nos mercados de forma diferente do modelo ocidental, consistindo num financiamento via parceria: se o projecto for novo, o investidor terá de suportar 50 por do capital, mas se o projeto já existir aquele valor desce para 45 por cento do total aprovado. O valor mínimo do projecto deve ser de cinco milhões de dólares. Existe também financiamento indirecto, via linha de crédito.
A reunião anual do BID corresponde à sua própria assembleia geral. Os Estados membros são os acionistas do BID, no qual Moçambique, membro desde 1994, é o único país da África austral representado naquela instituição bancária.
A CTA vai organizar o Fórum do Sector Privado entre 7 e 11 de Junho. Mais de 50 países estarão representados no encontro em Maputo que visa discutir o papel do sector privado no desenvolvimento dos países membros, particularmente africanos, trocar experiências e conhecimentos entre os delegados sobre projectos africanos e, ainda, apresentar de produtos e serviços financeiros do BID desenhados para apoiar o referido sector.